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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

EMPREITEIROS PRESOS TENTAM INTERFERIR NAS INVESTIGAÇÕES DA LAVA JATO

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A o renovar a prisão dos empreiteiros Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC, Eduardo Herminio Leite, Dalton dos Santos Avancini e José Ricardo Auler, da Camargo Corrêa, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos decorrentes das investigações da Operação Lava Jato, a eventual soltura dos empresários "colocaria em risco a ordem pública" e traria riscos também para "a instrução, a aplicação da lei penal e a integridade da Justiça". Em despacho expedido no dia 18, o juiz federal afirma que o pagamento de propina pelas empreiteiras investigadas pela Polícia  Federal e o Ministério Público foi mantido após o inicio da operação.
"É] necessário, infelizmente, advertir com o remédio amargo as empreiteiras de que essa forma de fazer negócios com a administração pública não é mais aceitável- nunca foi, na expectativa de que abandonem tais práticas criminosas. Então, a prisão preventiva é necessária para preservar a ordem pública,  prevenindo a reiteração e continuidade dos crimes, diante da constatação de sua duração por anos, a sua atualidade e a habitualidade criminosa", sustentou Moro no despacho. O Juiz disse que a tentativa dos acusados e das empreiteiras de ganhar apoio político para, com isso, se  beneficiarem no processo judicial "já é reprovável". Ele acrescentou que "as aludidas tentativas de cooptação de testemunhas" demonstram a necessidade de manter a prisão preventiva para garantir a instrução e  aplicação da lei e preservar a integridade da justiça "contra a interferência do poder econômico".

Ele qualificou de "intolerável" e "total desvirtuamento do devido processo legal", que "emissários" das empreiteiras busquem apoio de políticos para tentar favorecer os empresários presos. Segundo o Jornal Folha de São Paulo, advogados da UTC e da Camargo Correia se reuniram com o ministro da justiça, José Eduardo Cardoso, para tratar de questões relacionadas a Lava Jato.

O Ministro, no entanto, informou, por meio de nota, que teve reunião apenas com representantes da empresa Ordebrecht, no dia 5 de fevereiro, às 15h30. Cardoso acrescentou que é "dever do ministro da justiça e de quaisquer servidor públicos receber advogados no regular exercício da profissão conforme determina o Estado da Advocacia.

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