#DIOMAR FRANCISCO}
Quando se lê esse tipo de matéria, de que os próprios deputados estaduais chegam a cogitar o aumento de seus benefícios, tem-se a impressão de que eles não percebem o que está ocorrendo no Paraná. É inaceitável essa mordomia em um momento tão sério. Os funcionários do estado não receberam suas férias, por exemplo. Falta bom senso para os políticos.
Mesmo com todo o movimento pelo país pela austeridade e contra a corrupção, os políticos não se emendam. Na Câmara Federal, aprovaram o aumento aos deputados e passagem às esposas; na Assembleia Legislativa, o presidente da Casa propôs reajuste aos parlamentares e esses simplesmente se calaram. Não tem alguém para levantar a voz e lembra-los que o momento é de crise geral e que não é hora de pensar só no próprio bolso.
Segundo informações divulgadas nas "notas políticas" um deputado estadual do DEM teria dito que "se o cidadão quiser usar a tribuna, seja candidato, faça 50 mil votos e venha aqui", referindo-se às manifestações das pessoas presentes nas galerias da assembleia. Com toda certeza, se o cidadão tivesse verba para tentar angariar 50 mil votos, ele estaria ali também. O que não pode é um deputado, detentor de sete mandatos consecutivos, dar uma resposta dessa diante de uma adversidade. Deveria ocupar a mesma tribuna e se retratar. Diante da situação do Brasil e da crise financeira no Paraná, os "representantes do povo" querem que a população fique de que forma? Sorrindo e sempre acenando positivamente? Impossível diante de tantas safadezas para com o povo.
AUXÍLIO-MORADIA
O auxílio-moradia é distribuído apenas a uns poucos privilegiados do serviço público, o que pesa sobre a situação em que vivemos. Não dá mais para todo o restante do país pagar para que juízes, desembargadores, promotores, procuradores, conselheiros e auditores do Tribunal de Contas vivam com tantas regalias. Eles já tiveram aumento de salário; o auxílio-moradia- que era proposto como recuperação salarial-perdeu o sentido. Temos a obrigação moral de ser contra essa posição das autoridades. Eles resolveram premiar alguns e cobrar essas benesses do restante da população paranaense.
Muito já se discutiu a forma como se concede o auxílio-moradia, pois deveria ser destinado aqueles servidor que, fora de seu domicilio, terá que pagar aluguel. Mas ele é concedido indiscriminadamente, até para aqueles que residem em seu próprio imóvel. Nem tudo que é legal, é moral. É de revoltar o cidadão comum; aqueles que, como os professores e os demais servidores públicos, estão situados na categoria com salários que não se aproxima do valor desse auxílio. Para completar o festival com o dinheiro público, vem agora o Tribunal de Contas e implanta o auxílio de R$ 4,3 mil a cada conselheiro e autor. Esse valor representa aproximadamente dois a três meses de salários de um professor. E enquanto isso, o governo estadual pensa em cortar algumas vantagens que o funcionalismo.
Os membros do Tribunal de Contas do Paraná devem viver em outro estado, o qual é cheio de recursos. A decisão do tribunal é uma afronta ao povo paranaense. Aquele que luta para pagar as suas contas em dia. É lamentável que os membros desse órgão não se preocupem de onde virá a verba para o benefício. São muito bem remunerados, além de que muitos ocupam esses cargos por indicação política.
Nenhum comentário:
Postar um comentário