#DIOMAR FRANCISCO}
GAZETA DO POVO.
MANIFESTO SOBRE O AQUIVAMENTO DO PROCESSO DISCIPLINAR CONTRA O DEPUTADO ESTADUAL NELSON JUSTUS.
Neste momento histórico em que a população brasileira tem constante e veementemente se manifestado contra a corrupção, a Assembleia Legislativa do Paraná perdeu, na última semana, grande oportunidade para dar uma resposta à altura dos anseios da sociedade.
Por unanimidade, o Conselho de Ética da Casa arquivou processo disciplinar contra o deputado estadual Nelson Justus. Com a decisão, o parlamentar- que responde a uma denúncia criminal por irregularidade cometidas no período entre 2007 e 2010, quando presidiu a Assembleia- não corre qualquer tipo de risco de afastamento de seu cargo, ao menos por enquanto.
Para justificar sua postura, colocando em segundo plano as 43 mil páginas que compõe a denúncia entregue pelo Ministério Público do Paraná à Justiça- e encaminhada à Assembleia- os integrantes do Conselho de Ética apelaram ao Regimento Interno da Casa, oferecendo assim diversas brechas para que parlamentares acusados de crimes não respondam a processos disciplinares e impedido eventuais afastamentos.
Assim como qualquer cidadão, o parlamentar tem direito a ampla defesa quando é acusado de um crime. Mas, como representante do povo, não é correto que se mantenha em sua funções, muito menos sendo protegido por um regimento que privilegia o corporativismo, em detrimento da transparência e do respeito aos eleitores. E, para a imagem da Assembleia, o mínimo que se esperava é que o deputado, pela gravidade das acusações que pesam contra ele, não tivesse assumido a presidência de sua comissão mais importante- a de Constituição e Justiça.
Para a sociedade civil organizada do Paraná, é fundamental que os fatos sejam devidamente esclarecidos. Principalmente por se tratar de suspeitas de desvios de dinheiro público, resultado dos impostos pagos por empresas e trabalhadores. Por isso, consideramos que o Conselho de Ética, contrariando suas atribuições, não soube ouvir o clamor das ruas.
NOSSAS ENTIDADES ESTARÃO ATENTAS PARA QUE TODAS AS GRAVES DENÚNCIAS DE DESVIOS SEJAM APURADAS E JULGADAS. ESPERAMOS UM RÁPIDO PRONUNCIAMENTO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ EM RELAÇÃO À DENÚNCIA. E NOS MANTEREMOS UNIDOS PARA GARANTIR QUE ESTE NÃO SEJA MAIS UM CASO MARCADO PELA IMPUNIDADE.
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