#DIOMAR FRANCISCO}
PÉSSIMO COMEÇO
MAL O CONSELHO DE ÉTICA DA ASSEMBLEIA ABRIU PROCESSO CONTRA NELSON JUSTUS, O RELATOR RICARDO ARRUDA DÁ A ENTENDER QUE ABSOLVERÁ O COLEGA EM SEU PARECER.
Embora o processo tramite também no judiciário- a quem compete julgar os fatos à luz do Código Penal- , no âmbito do Conselho de Ética o julgamento obedece aos preceitos regimentais definidores do que se denomina de "decoro parlamentar". Assim, deputados que não honrem o mandato e sirvam-se dele, com meios ilícitos ou inapropriados, para proveito próprio ou de terceiros, ferem o decoro. E a pena, no caso, é a cassação.
Esse é o retrato da política brasileira: a cada dia que passa surgem novos escândalos e os envolvidos são julgados pelos próprios colegas, como nos casos recentes na Assembleia Legislativa. é isso que permite que a impunidade permaneça. É urgente acabar com a tal imunidade parlamentar e fazer com que os políticos sejam julgados como qualquer cidadão, sem foro privilegiado.
Será uma vergonha nacional para o estado do Paraná se os deputados estaduais decidirem por absolver o senhor Nelson Justus. Vergonha maior ainda do que a que já estamos passando com as recentes denúncias. E agora não haverá passeata? não irão bater panelas nem piscar luzes em apartamentos?
Entretanto, somente a cegueira coletiva dos deputados poderá levar a tal resultado. São tantas e tão avassaladoras as evidências e provas coletadas ao longo de cinco anos de acurada apuração que já não subsistem dúvidas quanto ao comportamento antiético que por longo tempo marcou a gestão de Justus- quer individualmente, quer em conluio com outras pessoas que obedeciam ao seu comando. E, portanto, embora não nos caiba fazer qualquer pré-julgamento, tudo nos leva a entender que a cassação é o único remédio legal aplicável à situação.
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