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Diversos fatores explicam o baixo impacto político das manifestações de 2013.
O sistema brasileiro de votação para o Legislativo, aliado ao caráter diluído dos protestos, ajudou a manter os índices de renovação da Câmara Federal em patamares estáveis.
No executivo, pesou a falta de opções eleitoralmente viáveis e prevaleceu a melhor estrutura de campanha dos candidatos de partidos tradicionais.
Para o cientista político Luiz Domingo Costa, do grupo Uninter; as manifestações foram mais voltadas para a qualidade dos serviços públicos e o alvo principal acabou sendo o Poder Executivo- o que explica o Congresso pouco renovado em relação a eleições anteriores. Além disso, o movimento foi difuso, o que dificultou a apropriação dos protestos por qualquer força política.
Por outro lado, diz Costa, os candidatos de direita foram beneficiados pelas urnas, que elegeram um Congresso mais conservador. Muitos concorrentes ganharam a simpatia popular ao adotar o discurso "contra a baderna" (as manifestações de 2013 acabaram quando ficaram violentas).
Outro fator importante, segundo o cientista político da PUCPR Mario Sérgio Lepre, é o sistema de votação "ininteligível" para deputado federal. A população não compreende que, ao votar em um candidato, vota também em um partido. Com isso, muitos votos em candidatos novos acabaram apenas contribuindo com votos de legenda para políticos tradicionais.




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