]{CELSO NASCIMENTO/ DIOMAR FRANCISCO GAÚCHO/GAZETA DO POVO}
por que a passagem de ônibus da rede metropolitana integrada de Curitiba custa o que o que custa? Exatamente pelo fato de ser integrada. Como a tarifa é única, igual tanto para quem mora ali no juvevê quanto para quem mora no fim da linha de colombo, ela é calculada pela média das distâncias. Portanto, são as longas distâncias que mais pesam na composição dos custos dos transportes coletivo.
Se assim é, a solução mais fácil para baixar o preço da passagem para os curitibanos seria "desintegrar" a rede. Isto é, os passageiros dos municípios mais distantes da região de Curitiba é que teriam, em tese de pagar mais pela viagem- aliás, duplamente, porque quando chegassem a um terminal da capital, precisariam pagar pelo transporte urbano curitibano.
Seguindo esse raciocínio, o problama da tarifa afeta o conjunto de municípios atendido pela RIt e não apenas Curitiba. Portanto, passa a ser assunto que envolve também o governo estadual. De onde se infere que o estado conceder ou não o necessário subssídio não é questão limitada à quizilha política entre Beto Richa e Gustavo Fruet. Trata-se de uma questão de estado e não de governo.
Para quanto vai?
Enquanto o governador não responde aos ofícios do prefeito de Curitiba requerendo a renovação (e majoração dos valores) do convênio que foi concedido no ano passado, às vésperas da eleição municipal, Fruet terá obrigatóriamente de definir a nova tarifa. Será tanto maior ou tanto menor quanto for a disposição do governo estadual de atender a seu pedido. Os ganhos políticos, as perdas e os danos, por consequência, serão fatalmente divididos entre Richa e Fruet e os demais prefeitos.
Fruet, a quem cabe definir a tarifa, trabalha ainda no escuro. Além de não saber se a RIT será suibsídiada, muito menos sabe de quanto será o reajuste salarial de motoristas e cobradores, atualmente em negociação. Falta lhe, igualmente, a visão clara sobre os custos do sistema e sobre a variedade dos valores atribuídos aos itens que compõe a planilha.
Diante disso, nem ele nem a população de usuários podem prever para quanto vai a passagem. A ideia é de que não passe de R$ 3,00- ou seja, o aumento máximo seria de R%0,40 sobre os atuais R$ 2,60. A majoração talvez não chegue a cobrir o custo por passageiro--a chamada tarifa técnica, que hoje, sem contar os aumentos salariais, já soma R$ 2,89.
Há outro fator a apressar a decisão do prefeito: se não hover acordo rápido nas negociações salariais, não se descarta a eclosão de uma greve. Os trabalhadores querem, entre outros 66 benefícios, 30% de aumento; os empresáros falam em conceder-lhes no máximo o INPC do períudo pouco mais de 6%.
O impasse, aliás, pode ser do agrado dos dois lados. Uma grave que estabeleça o caos na cidade seria conveniente para ambos- para os empresários, que querem elevar a tarifa para R$ 3,30, e para os empregados, que querem o máximo que puderem alcançar: Nesse caso, teríamos uma greve misturada a um locaute-paralização provocada pelas próprias empresas. E nada como o caos para apressar uma decisão que ao invés de solução, agrave ainda mais o problamas já instalado.
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