DIOMAR

domingo, 9 de março de 2014

APROVAÇÃO DE DILMA SUPERA A DE ANTECESSORES EM ANO ELEITORAL

#DIOMAR FRANCISCO}

Mesmo com a queda de popularidade após os protestos de junho do ano passado, o governo Dilma Rousseff entrou em 2014 com um índice de aprovação superior ao dos antecessores, Fernando Henrique Cardoso e Lula, nos anos em que concorreram à reeleição. De acordo com pesquisas Datafolha divulgada no mês passado, 41% dos brasileiros avaliam o governo Dilma como ótimo ou bom.

Em março de 1998, o índice de FHC era de 38%, e, em fevereiro de 2006, o de Lula era de 37%. Estudos do cientista político Alberto Carlos Almeida, autor do livro A Cabeça do Eleitor, mostram que pelo menos 80% dos eleitores que avaliam uma gestão como ótima ou boa votam no candidato à reeleição.

Por essa estimativa, Dilma teria 33% dos votos "garantidos"- precisaria conquistar mais 18% para chegar à vitória. Ou seja, atrair pouco menos da metade dos 37% que consideram o atual governo regular. "Dilma tem hoje uma situação razoável, mas acho que vai crescer com a proximidade da campanha, quando as pessoas vão ser lembradas dos feitos do governo na propaganda eleitoral", diz o ministro das comunicações,  Paulo Bernardo. Às vésperas da eleição de 2006, a porcentagem dos eleitores que consideravam o governo Lula ótimo ou bom subiu para 47%. Em setembro de 1998, a aprovação de FHC também subiu para 43%. Ambos os dados são do Datafolha.

Professor de Comunicação política do Instituto Ortega y Gasset, da Espanha, Carlos Manhanelli diz que Dilma é favorita, mas que a estratégia do PT de manter Lula como uma opção é eficiente. "O fato de um partido ou grupo político ter mais de uma pessoa com chances de vitória repercute positivamente na cabeça do eleitor", opina. Diretor Presidente do Instituto Pará Pesquisas, Murilo Hidalgo concorda que o clima de suspense ajuda o PT. "Não parece que o partido está assim tão interessado em desmentir [a candidatura do ex-presidente]. O fato é que o clima do 'Volta Lula' só depende do Lula. Se ele fosse a um grande jornal, amanhã, e dissesse com todas as letras que não é candidato, isso acabaria", afirma.

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