Quem "legalizou" o auxílio-moradia? O próprio judiciário. E agora, na cascata de mais esse privilégio autoconcedido, vemos o Ministério Público, que deveria ser o primeiro bastão em defesa da sociedade e da moralidade, avocar a si o mesmo privilégio e com as mesmas justificativas ilegais e imorais. Seus ganhos não são suficientes para uma vida digna e tranquila? Se não o são, eles não sabiam disso quando optaram pela carreira? A medida merece o total repúdio da sociedade.
No Brasil se confundem questões de legalidade e moralidade. Órgãos como a magistratura e o Ministério Público deveriam preservar não apenas a legalidade, mas também a moralidade nas suas ações. Não se trata aqui de isonomia ou garantia de igualdade entre os órgãos. Deveria o Ministério Público postular não o mesmo benefício, mas sim que o benefício concedido à magistratura fosse excluído é para aqueles que precisam dele. E uma pessoa que recebem em média R$ 13 mil de salário liquido não é o que se passa chamar de necessidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário