#DIOMAR FRANCISCO}
Estamos em clima de eleições. Assim, o assunto é pesquisa político-eleitoral, ferramenta fundamental para os profissionais da área de marketing político. A pesquisa eleitoral possui um papel fundamental na sociedade atual. É muito importante que atores como o público, os políticos de comunicação e demais grupos interessados, tenham acesso aos dados exatos e sem distorções a respeito do pensamento e intenções da população. A pesquisa eleitoral mostra, por exemplo, o grau de satisfação da população com o desempenho da administração pública federal, governamental ou municipal, ou ainda o grau de aceitação ou rejeição por uma determinada ação do governo. Também ajuda o " marqueteiro" a definir o posicionamento do candidato. Como por exemplo, o Duda Mendonça, que em seu livro Casos e Coisas (2001) fala muito sobre atualização da pesquisa qualitativa para elaboração das estratégias da campanha do Lula.
Existem algumas preocupações sobre as possíveis influências ou efeitos que certas formas de pesquisas poderiam exercer sobre a votação em eleições. Os institutos de pesquisas têm uma responsabilidade fundamental no âmbito dos estudos de opinião pública, devendo buscar assegurar que o cliente e o público compreendam bem os desafios e as limitações envolvidas na medição de atitudes e crenças como coisas distintas de comportamento.
Em toda eleição surgem discussões sobre os resultados das pesquisas eleitorais e sua influência sobre a decisão do voto do eleitor; os erros e acertos das pesquisas; o destaque que a mídia dá para os resultados das pesquisas e a forma como elas são divulgadas.
O resultado da pesquisa pode influenciar parte dos eleitores indecisos que deixa para decidir seu voto no dia, e para não perder, voto no candidato que está em primeiro lugar na intenção do voto. Um estudo realizado pela ABEP-Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa, mostra que as pesquisas realizadas no Brasil são tão eficientes quanto as americanas, com acertos próximos e resultados efetivos.
As pesquisas tratam frequentemente de assuntos complexos, nos quais os entrevistados possuem graus vaiados de conhecimento e interesse. As metodologias mais utilizadas são as pesquisas qualitativas e quantitativas. As qualitativas permitem explorar temas que não são muito racionalizados, atingindo motivações não explicitas, permitindo visualizar reações a estímulos imediatos, sendo que os resultados podem ser imediatos logo após as discussões dos grupos. Esta técnica de abordagem é feita por meio de discussão em grupo, utilizando sala de espelho one-way.
Pesquisa quantitativa, mais utilizada pelos institutos, é aplicada por meio de questionário e de amostragem permitindo a projeção dos resultados, podendo testar de forma precisa e estatística. Nas pesquisas eleitorais quantitativas, a mostra deve ter representatividade, onde todos indivíduos da população devem ter a chance de serem selecionados na mostra e a probabilidade de seleção de cada elemento da amostra deve ser conhecida.
É importante ressaltar que o resultados de uma pesquisa não são números exatos, mas sim estimativas e devem ser interpretados dentro de um intervalo que estabelece limites em torno da estimativa obtida. Quanto maior for a amostragem e mais homogênea for a população em estudo, mais seguras serão as informações da pesquisa eleitoral.
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