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O PORTAL LANÇADO PELO GOVERNO OFERECE INVENTÁRIO INTERATIVO SOBRE O BRASIL PÓS-64.
PROJETO TRATA DE TORTURAS MAS TAMBÉM DE CULTURA NOS CHAMADOS "ANOS DE CHUMBO".
Com um amplo acervo de informações, imagens e documentários sobre a ditadura militar, o portal Memórias da Ditaduras foi lançado na última sexta-feira pela Secretaria Especial de Direitos Humanos. O portal, desenvolvido pelo Instituto Vladimir Herzog, tem conteúdo iterativo e os internautas podem gravar depoimentos sobre o período do regime militar e publicar na página.
O site tem área destinada a professores com planos de aula e material didático. Um dos objetivos do projeto é levar informações sobre a ditadura a quem não conhece os "anos de chumbo". O material disponível abrange a atuação dos movimentos de resistência, a censura, as violações de direitos humanos, a produção artística e cultural do período e o cenário internacional. O site tem cerca de 50 depoimentos publicados, linha do tempo da ditadura biografias e mapas com links de conteúdo. Produzido em código aberto WordPress, pode ser acessado por computador, tablete ou celular e garante a acessibilidade às pessoas com deficiências. A partir destinada aos educadores tem orientações sobre didática, sugestões de leitura e filmes destinados ao preparo dos professores. O ministro da Educação, Henrique Paim, disse que o portal será divulgado nas escolas para estimular os educadores a acessar o material e abordar o tema em sala de aula.
MARCAS.
Presa e torturada durante a ditadura militar, a secretária de políticas para militares, ministra Eleonora Menicucci, falou na inauguração do portal sobre as marcas da violência física e psicológica sofrida na época. Ela afirmou que as violações ocorridas não podem ser esquecidas, para evitar que se repitam. "Não podemos deixar que o passado caia no esquecimento. Precisamos lembrar sempre do que aconteceu e colocar nossa lente do futuro." E acrescentou: "Vai ser de muita valia para o sistema educacional brasileiro, e para toda a sociedade, para que tenhamos a memória viva de tudo que ocorreu na ditadura militar."
A ministra da secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, citou os pedidos de intervenção militar que surgiram em manifestações recentes e ressaltou que o acervo de memória é colocada à disposição da população em um momento oportuno. Temos uma parcela da população que advoga essa tese e, por isso, precisamos dar os instrumentos para que aqueles que não têm a informação saibam o significado de uma ditadura, para que isso nunca mais aconteça no país".
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