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REQUERIMENTO DO PT CONVIDANDO PEPE RICHA PARA ESCLARECER DENÚNCIA VEICULADA EM REVISTA FOI REJEITADO E CRITICADO POR GOVERNISTAS.
Com poucos projetos em pauta, um requerimento foi ontem o centro das discussões na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) na primeira sessão com votações do ano. A bancada do PT propôs convidar o secretário de Infraestrutura e Logística, Pepe Richa, para prestar esclarecimentos sobre denúncias veiculadas na revista IstoÉ. Na reportagem, o secretário foi acusado pela empresária Ana Cristina Aquino de receber uma propina de R$ 500 mil.
O pedido foi rejeitado pela maioria governista, que o considerou uma manobra eleitoreira e classificou as acusações como levianas. Líder do governo na Assembleia, Ademar Traiano (PSDB) desqualificou as denúncias e orientou a bancada a rejeitar o pedido.
"A denúncia não merece credibilidade, pois foi feita por uma pessoa envolvida em escândalos do governo federal. Além disso, o Ministério Público já está tomando as devidas providências para a apuração [das denúncias]", disse.
Outros deputados da bancada também se manifestaram contrários. O deputado Ney Leprevost (PSD) disse, em plenário, que o depoimento serviria para "encher de defensores de mensaleiros" para difamar o secretário.
Tadeu Veneri (PT), líder da bancada petista, negou que o convite tenha caráter eleitoreiro e disse que não faz qualquer pré-julgamento do secretário. Se algum ministro do governo federal fosse acusado de receber dinheiro de um lobista, o Congresso Nacional pararia e exigiria uma explicação- até porque é essa sua função. Aqui no Paraná, parece que vivemos em um mundo a parte", afirmou.
O CASO
A revista IstoÉ publicou uma reportagem na qual Ana Cristina afirma ter pago R$ 500 mil ao secretário para que ele intermediasse um negócio entre sua empresa, a AG Log, e a Renault. Não foram apresentadas comprovações deste suposto pagamento.
Citados na matéria, Pepe Richa e o secretário de representação em Brasília, Amaury Escudeiro, disseram não conhecer a empresária e que vão processar ela e a revista. Pepe atribuiu a acusação a "interesses políticos e eleitoreiros". O advogado João Graça também negou as acusações e afirmou que irá à justiça. Já a Renault negou que a AG Log prestasse serviços para a montadora.
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