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VECE-PRESIDENTE DA CÂMARA, ANDRÉ VARGAS DIZ QUE IRÁ EXPLICAR HOJE POR QUE FOI FLAGRADO NEGOCIANDO ALUGUEL DE AVIÃO COM ALBERTO YOUSSEF, PRESO PELA PF.
Vice-presidente da Câmara dos Deputados, o paranaense André Vargas (PT) admitiu ontem que conhece o doleiro Alberto Youssef "há mais de 20 anos, como um importante empresário de Londrina" relações sociais", mas que elas seriam apenas "esporádicas". A ligação entre os dois consta das investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), que flagrou troca de mensagem em que Youssef acerta o aluguel de um avião para Vargas. Parlamentares de oposição cobraram explicações sobre o caso, revelado por reportagem do jornal folha de S. Paulo.
O petista prometeu se manifestar em plenário hoje. Youssef foi preso no Maranhão, em 17 de março, suspeito de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. A conversa com Vargas ocorreu por maio de um aplicativo para telefone celular chamado BBM, no dia 2 janeiro. O avião não pertence ao doleiro, que teria apenas intermediado a locação para o voo entre Londrina e João Pessoa, na Paraíba, para onde o deputado viajou de férias com a família.
Outra reportagem sobre o caso, publicada no site da revista Veja, diz que aeronave fretada um Learjet 45, de propriedade de uma empresa da Bahia. O custo da viagem, segundo a revista teria sido de R$ 100 mil. De acordo com a matéria da folha, Vargas teria declarado que pagou pelo combustível da aeronave e que só procurou Youssef porque os preços das passagens em voos comerciais para o período estava muito alto.
Em resposta à Gazeta do Povo por e-mail, o deputado apresentou outras explicações. "procurei-o sabendo que ele havia sido dono de um hangar, e conhecia o meio. Foi a primeira vez que tratei com ele sobre assunto semelhante. Procurei reembolsar as despesas com combustível, em torno de R$ 20 mil, mas ele não aceitou", disse Vargas no Texto.
A Folha também descreve que a Polícia interceptou outra conversa entre os dois, que aborda assuntos de interesse de youssef no Ministério da Saúde. O diálogo envolveria a empresa Labogen, que teria feito remessas ilegais de US$ 37 milhões ao exterior, segundo investigações da Polícia Federal. Vargas cita conversas com uma pessoa identificada como "Gadelha", que seria o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do ministério, Carlos Gadelha.
EXPLICAÇÕES.
Líderes de oposição cobraram explicações de Vargas. "Qualquer homem público não pode ter relacionamentos desse tipo, ainda mais com uma pessoa com uma biografia conturbada como Alberto Youssef", afirmou o Líder do DEM, Mendonça Filho (PE), Tivemos outros tantos casos recentes envolvendo uso de avião e, mais uma vez, cabem respostas públicas", disse o líder do solidariedade, Fernando Francischini (PR). Na contramão, o Líder do PV, Vicentinho (SP), disse que o pedido confia em Vargas. "Se o Eduardo Azeredo, que está sendo condenado à prisão, fugiu para não se explicar no plenário, por que exigir isso do André Vargas?", questionou.
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