#DIOMAR FRANCISCO/ EDSON CAMPAGNOLO/ FIEP}
Há tanto tempo se diz que o Brasil é o país do futuro que já virou lugar-comum falar do potencial de crescimento da economia nacional. Que temos todas as condições para nos desenvolver, ninguém discute. Assim como já são notórios os obstáculos que o país precisa superar. O que falta é uma ação efetiva, que faça com que o Brasil ocupe, nos rankings internacionais de competitividade, posições compatível com seu potencial.
Hoje, segundo pesquisa do Banco Mundial abrangendo 174 países, o Brasil é o 130º colocado entre as nações com melhores ambientes para negócios. O cruzamento com outro levantamento, da Transparência Internacional, deixa claro um dos motivos para a posição medíocre ocupada pelo país: a corrupção. No índice de percepção da corrupção, o Brasil é apenas o 69º colocado. Provando a tese, nas primeiras posições dos rankings de competitividade estão países com baixo índice de corrupção.
O desvio de recursos é um movimento silencioso presente em todas as esferas do poder público brasileiro- em muitos casos também no setor privado-, sufocando nossa sociedade. Vários motivos contribui para isso. A burocracia é um deles. Outro é a carga tributária elevada, somada ao seu elemento causador- a sustentação de um aparato estatal gigantesco e, por vezes, ineficiente.
Segundo o Ipea, os tributos já respondem por 33,5% do PIB. Por fim, temos um sistema político e partidário que dá fôlego para a corrupção.
Mas é preciso analisar outro componente: não existe corrupto sem um corruptor. Desvios de recursos sempre têm o envolvimento de pessoas, empresas ou organizações interessadas em levar vantagens. Os empresários não podem adotar o erro como regra e devem entender sua alta responsabilidade na questão da corrupção, seja prevenindo a prática pelas empresas, seja pressionando o poder público para que encontre soluções.
Para mobilizar o empresariado, o sistema Fiep, através do sesi, promove nos dias 5 e 6 de novembro, em Curitiba, o fórum Transparência e Competitividade- A corrupção não pode passar em branco, em parceria com Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa (UNITAR). O evento vai reunir empresários, academia, entidades nacionais internacionais que atuam no combate à corrupção e órgãos públicos de fiscalização e controle, para discutir o papel das empresas na prevenção e combate à corrupção.
Assim, o sistema Fiep espera contribuir na busca por mecanismos eficientes para minimizar o impacto da corrupção na economia brasileira. Como dizem as Sagradas Escrituras, bem-aventurado é o homem a quem o Senhor não imputa maldade (salmo 32:2). Da mesma forma, creio que bem-aventurada é a nação livre do mal da corrupção, em condições para aproveitar ao máximo seu potencial.
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