#DIOMAR FRANCISCO/GAZETA DO POVO}
A abertura de processo disciplinar contra Clayton Camargo mostra que homens públicos não podem dispor do Estado a seu bel-prazer, sem prestar contas ou sem ser investigados quando há indícios de malfeitos.
CLAYTON CAMARGO-1
Essa história de aposentadoria compulsória no poder judiciário é uma vergonha nacional. É semelhante aos jetons que os deputados e senadores recebiam por comparecer às sessões de trabalho. Neste quesito, os juízes e desembargadores se assemelham a deputados e senadores e envergonham todos os cidadãos honestos que desejam um país mais justo. É lamentável que ninguém, nem o Ministério Público, nem a OAB se levante contra isso. O caso do desembargador Clayton Camargo é significativo e exemplar; por mais coisas ruins que ele supostamente possa ter feito, vamos sustentá-lo ad aeternum com um supersalário.
Se condenado à pena máxima, o ex-presidente do TJ terá a aposentadoria compulsória sem alteração dos seus vencimentos. Ora, mas não era isso o que ele queria quando se antecipou e pediu a aposentadoria para escapar das penalidades do CNJ? O que mudará na vida dele? Nada, pois vai para casa sem perder um tostão. Algo está errado nas regras desse jogo e não há quem mude as regras dos magistrados.
Com uma decisão dessas, de 14 a zero, todo mundo deve ter ficado satisfeito. Parabéns ao CNJ, e que sirva de exemplo, como disse o presidente da OAB do paraná.
Nenhum comentário:
Postar um comentário