DIOMAR

domingo, 23 de setembro de 2012

POLÍTICA E ESGOTO SE MISTURAM

CELSO NASCIMENTO/ DIOMAR FRANCISCO. GAZETA DO POVO.

O governador Beto Richa, o Prefeito Luciano Ducci (candidato à reeleição) e o presidente em exercício da Sanepar, Antonio Hallage, foram unânimis em afirmar que há motivação político-eleitoral na operação Agua Grande, deflagrada pela polícia Federal e pelo Ibama e que acusou a estatal paranaense de saneamento como o maior responsável pela poluição do rio iguaçu.
O presidente efetivo, Fernando Ghignone, reforçou o coro, mas atualmente está licenciado para se ocupar da campanha do prefeito.

Em entrevista, o governador disse estar no direito de "imaginar que houve outros objetivos, que não o real de poder investigar com números e documentos o que está acontecendo no saneamento do estado", insinuando motivação político-eleitoral na operação dos dois órgãos federais.

O jornalista Rogério Galino, colunista e blogueiro da gazeta, captou a contradião da fala de beto ao lançar esta pergunta: "Afinal, se o grupo político dele está junto com Dilma, como afirma a propaganda de Luciano Ducci, por que a polícia comandada pela a presidente teria interesse em derrubar o governador?"

Se a única reação do governo foi quanto ao suposto motivo político e se não há resposta plausível para a pergunta de Galindo, o melhor a fazer é dar satisfações à população a respeito do que realente interessa: afinal, a Sanepar é ou não responsável pela morte do rio iguaçu?

É esse ponto que as autoridades tentaram desfocar a verdadeira essência do gráve problama levantada pela pf e pelo Ibama.
Sanitáristas ouvidos pela coluna- alguns deles com larga experiência na própria Sanepar- reconhecem a existência de fomidáveis passivos ambientais provocados pela a empresa ao longo dos últimos anos e que a estatal teima em não revelar ou, o que seria melhor, em não resolver.

Em bora tenham contratado inúmeros "consultores estratégicos", a atual gestão- dizem alguns revoltados técnicos da Sanepar- não teriam mainifestado a vontade necessária para enfrentar o problama- embora as tarifas de água, coleta e tratamento de esgoto tenham sofrido nesses dois anos dois reajustes que samam 35% de aumento na conta dos consumidores.

Fatos como esse é que explicam a ênfase do delegado federal responsável pelas investigaões,  Rubens Lopes, em acusar a Sanepar de praticar estelionato, isto é, de cobrar por um serviço que realmente não presta. A denúncia da PF foi embasada em relatórios de respeitadas instituições de pesquisa, exames laboratoriais e observações in loco. E, por isso, foi recebido pelo Ministério público federal e pela Justiça Federal.

Em nota oficial, a empresa se mostrou revoltada com as revelaões e ameaçou responsabilizar judicialmente "os autores de declarações inverídicas e caluniosas". Esta no seu direito. Mas é direito maior ainda o que o povo detém de saber o que realmente se passa, o governo e a Sanepar pouco falaram. Preferiram reduzir o assunto à política e ás eleições.

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