DIOMAR

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

CONDUTORES DO CONHECIMENTO

]{FERNANDO MARTINS/DIOMAR FRANCISCO/GAZETA DO POVO}

O homem sempre buscou reunir e sistematizar a informação e o conhecimento para garantir que a experiência acumulada de uma geração fosse legada a seus descendentes. Nas comunidades primitivas, as histórias e muitos transmitidos pelos anciãos para os jovens cumpriam esse papel. Sociedades maiores exigiram algo mais. Escolas, universidades, bibliotecas e jornais são frutos dessa necessidade humana. Mas a revolução digital conectou o mundo, ampliou a complexidade das relações sociais e colocou as instituições tradicionais de transmissão do saber diante de uma crise que pede novas respostas.

Professores enfrentam diariamente o desafio de insinar algo que os alunos podem acessar num único clique. Jornais em papel estão desaparecendo mundo afora diante da profusão de informações existente na internet. blibliotecas buscam se reiventar para atrair frequentadores que agora preferem buscar conhecimento na web.

A biblioteca pública do paraná, por exemplo, acaba de anunciar uma referma para se tornar mais confortável aos usuários, Terá um café com poltronas, num novo espaço de conveniência e diálago. Tudo para atrair os eleitores que deixam paulatinamente de frequentar o espaço: em 2003 foram 448 mil empréstimos de livros; no ano passado, 283 mil-segundo dados da própria instituição.

Mas as instituições que sistematizam o conhecimento e a informação ainda são depositárias de conteúdo averiguado e de credibilidade. Embora tenham deixado de ser atraentes, ainda são importantes. Por isso a resposta que a biblioteca pública pretende dar para resolver seu dilema-criar uma érea de convívio, aliada a uma programação cultural- é uma aposta interessante. Busca -se criar um espaço de leitura e também de diálago, de discusão.

Diálago, por sinal, parece ser a apalavra-chave para que as instituições tradicionais de transmissão de conteúdo compreendam a nova realidade,  marcada por intensas interações on-line. O conhecimento cada vez mais terá de ser contruído coletivamente, pelo diálago. E não mais simplesmente repassado por aquele que custumava ser o "dententor" da informação. A este caberá ser menos "professor"-o que professa. E passar a ser mais "pedagogo"-aquele que, segundo o sentido original da palavra, conduz ao saber.

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