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Embora o fim da doação financeira de empresas para políticos possa tornar as campanhas mais equilibradas, a medida não solucionará todos os problemas das eleições. Um deles é a possibilidade de caixa dois, os recursos não declarados.
" O caixa dois é uma prática disseminada entre os partidos políticos, que é reflexo da má-fé de políticos e empresários que não seguem a lei. A única coisa que pode diminuir essas fraudes eleitorais é a fiscalização", comenta Zuleika Giotto, presidente da comissão de Responsabilidade política e social da OAB-PR.
O promotor Armando Sobreiro Neto, do Ministério Público Eleitoral, afirma que a legislação para coibir crimes eleitorais é ineficaz. "É muito difícil chegar a comprovação de caixa dois ou de outro crime eleitoral e, quando se conseguem provas, ainda tem de seguir todo o trâmite do sistema judiciário", comenta. Atualmente, a lei determina que é possível entrar com representação contra alguém candidato por crimes eleitorais até 15 dias depois da diplomação do político- após esse prazo, não há mais nada a fazer. "O problema é que as prestações de contas são publicadas alguns dias antes da diplomação. É difícil, em pouco tempo, analisar esses dados. Seriam necessários pelo menos seis meses [para descobrir o caixa dois]", diz o promotor.
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