DIOMAR

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O LIXO DE CURITIBA,NO ARMÁRIO

]{CELSO NASCIMENTO/DIOMAR FRANCISCO GAÚCHO/GAZETA DO POVO}

O prefeito Gustavo Fruet abriu o armário na sexta-feira e viu lá pendurado um outro esqueleto, de cuja existência desconhecia: seu antecessor não pagava há seis meses a empresa Cavo, responsável pela coleta de lixo da cidade. A dívida, que agora terá que ser paga com as correções devidas, chega perto de 60 milhões.

Isto não é nada, afirmou a assessoria do ex-prefeito Luciano Ducci: com apenas 15 dias de arrecadação, a prefeitura pode zerar a dívida. Fruet pensou: porque, então, a conta que o antecessor considerou tão pequena, não foi paga na última quinzena de seu governo?

Mas este não é o único e nem o maior problama relativo a lixo que Gustavo precisa lidar com urgência. No armário das pendências se encontra também a implantação do Sipar--a usina que prometia industrializar as 2,5 mil toneladas de dejetos produzidas diariamente por Curitiba e 18 municípios da região metropolitana.

A licitação internacional para sua implantação foi lançada em 2007, na primeira gestão do prefeito Beto Richa, mas o processo rola a tranco e barrancos até hoje. Pendências judiciais paralisaram tudo. Nesse meio teuma outra empresampo, diante do esgotamento do aterro da caximba, a prefeitura se viu obrigada a contratar emergencialmente uma outra empresa (a Entre.dona da Cavo)em cuja área, na Fazenda Rio Grande, o lixo passou a ser depositado.

As penúltimas informações davam conta de que bastaria um" deacordo"do consórcio de 19 prefeituras, capitaneado por Curitiba, para que o último impasse fosse superado e para que, em seguida, uma das participantes da licitação (provávelmente, a construtora Tibagi) fosse declarada vencedora.

Entretanto, Fruet não concorda com alguns aspectos do projeto. Um deles é o que prevê um só lugar para o qual todo lixo seja transportado. Fruet dava a isso, na campanha, o nome "passeio do lixo"- pois  exigia trajeto de 50 quilometros (ou de 100, na ida e na volta). Melhor seria, segundo ele, se fossem quatro empresas e quatro áreas. Cada área ficaria, assim, mais pertos dos municípios que antendesse. Com a vantagem de que as prefeituras não ficariam refém de um monopólio (R.R.: mas talvez de um oligopólio formado pelas quatro, o que daria quase na mesma...).

O que fazer? Anular a licitação e começar outra sob novo modelo? e levar mais oito anos discutindo o problama? O resultado que se prevê é que os impasses antigos sejam subistituídos por outro mais complicados. É tudo pelo que torce a adversária administração estadoal.

Quanto maiores a confusão e a demora, maior a chance de Beto Richa "vender" a Sanepar- que tem pretenções de estender seus serviços para o ramo do lixo-como única solução viável. Segundo consta, Sanepar e Comec já trabalham na ipótese.

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