#DORA KRAMER/ DIOMAR FRANCISCO/GAZETA DO POVO}
As violências verbais e conceituais dão a medida do inconformismo do PT com o preceito repluplicano da indenpendência entres os poderes.
Seria de se comemorar não fosse apenas efêmero o efeito que a troca de amabilidades formais tem sobre os constantes atritos entre os poderes Judiciários e Legislativo. A cortesia põe água na fervura, mas não apaga o incedio.
Propicia uma sensão de alívio, é verdade. Dá uma reconfortante impressão de civilidade, faz com que acreditamos na resolução dos conflitos por meio do entendimento. A trégua, porém, é temporária: não resiste ao imperativo da realidade, não cura a doença infantil do imobilismo do Congresso frente ao amadorecimento da consciência ativista do Judiciário.
E pelo que se viu do desempenho do petista na Câmara enquanto os presidentes das duas casas do Congresso procuravam o ministro Gilmar Mendes a fim de apaziguar os ânimos com o Supremo Tribunal Federal, considere-se como forte obstáculo a disposição do PT para a guerra.
Não foi um obscuro Nazareno, mas o ex-presidente da Câmara Marco Maia, representante do partido por dois anos no posto, quem defendeu a emenda que sbmete decisões do STF ao crivo do Legislativo e ainda propôs outra criando novas limitações a Corte.
Essas e outras violências verbais e conceituais dão a medida do inconformismo do PT com o preceito republicano do equilibrio e da independência entres os poderes. Note-se portanto, que a coisa não vai se resolver com panos quentes.
A questão é mais profunda: o PT está com raiva do Supremo, assim como tem raiva da imprensa que não lhe presta reverência, assim como está com raiva de Eduardo Campos porque procura caminho de crescimento político para seu partido fora da área de influência governo-petista, assim como teria raiva do parlamento caso não tivesse cooptado a maioria mediante métodos relatados pelo STF, assim como tem raiva de qualquer pessoa, grupo ou instituição que não se curve aos seus interesses.
O PMDB pode até não ter outras qualidades, mas tem experiência e juizo suficientes para saber tirar vantagem de determinadas distâncias. A intenção óbvia é deixar o PT isolado em mais uma de suas maluquices, cujos efeitos quase sempre se voltam contra o partido.
Mas, como dito acima, o problama não é simples nem de fácil solução. Ao contrário de alguns desatinos que cometia quando era oposição e não tinham maiores consequências, o PT é governo, usa sem cerimônia os intrumentos à disposição, não guarda respeito à coerência nem desiste com facilidade. Isso faz perniciosa deferença.
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