DIOMAR

sábado, 11 de maio de 2013

VIDA PÚBLICA/ GLEISI NÃO DIZ, MAS A CAMPANHA JÁ COMEÇOU

#CELSO NASCIMENTO/ DIOMAR FRANCISCO/ GAZETA DO POVO}}

Pelo menos publicamente, nunca ninguém ouviu a ministra-chefe da Casa Civil, a senadora Gleisi Hoffmann, dizer-se candidata ao governo do paraná em 2014. Ao contrário, até deixa prosperar os boatos de que a presidenta Dilma Rousseff não a deixaria sair do posto para embrenhar-se na campanha estadual em projeto pessoal.

O que se ouve sempre (dos outros) é que sua candidatura é natural e irreversivel. Nisto concordam não apenas tanto os notáveis do PT como os adversários ou observadores isentos. Não há quem, seriamente, punha em dúvida a inevitabilidade de que Gleisi é candidata.

Entretanto, há sinais negativos que não pode passar despercebidos. Eles advem da percepção de que o PT enfrenta resistências no interior do estado. Um sintoma é o fato de não ter eleito um só prefeito de município importante do paraná. Predominantemente agrícula e fortemente liderado por representantes do agronegócio, o eleitorado do interior costuma indentificar no PT a sombra sob aqual atuam, por exemplo, grupos que invadem ou ameaçam invadir propriedades, ou que, no meio urbano, estão infiltrados nas universidades ou nos meios sindicais.

Pois bem: Gleisi parece disposta já a se livrar dos efeitos da rejeição ao PT que inevitavelmente se a bateria sobre ela. Não que a ministra, ao longo de sua carreira de disputas políticas (foi duas vezes candidata ao Senado e uma à prefeita de Curitiba) não tenha se mostrado "Light" o suficiente para ser bem aceita pela classe média. Tanto que, por larga margem, inclusive no interior, sagrou-se vencedora do pleito no Senado em 2010, concorrendo contra Gustavo Fruet (então tucano) e Ricardo barros (PP, fortemente ligado aos ruralistas). Para a segunda vaga, foi eleito Roberto Requião, representante "das esquerdas" e antigo aliado do PT.

No fundo, por atuações como as citadas, Gleisi vai reforçando a imagem 1 de que é, sim, candidata ao governo mesmo que não fale disto; e 2) de que não será, em grande medida, alvo da rejeição ao PT. Sua confiança, neste sentido, aumentou principalmente a partir da conquista por Gustavo Fruet do conservador eleitorado curitibano, embora ele tenha penado durante quase toda a campanha justamente em razão da aliança com o PT. 2014 está logo ali para o teste final.

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