DIOMAR

sábado, 20 de outubro de 2012

SEM AJUDA, O ELEITORADO SE MOVE

{CELSO NASCIMENTO, DIOMAR GAÚCHO PARANAENSE!!}

As primeiras pesquisas de intenção de voto indicam a vitória de Gustavo Fruet, derrotando por larga margem seu oponente Ratinho Jr. E daí? E daí que o melhor que o eleitor tem a fazer é esperar até domingo que vem para saber com absluta e inquestionável certeza o que de fato o eleitor pensa dos candidatos. Lembramo-nos das sondagens feitas já na véspera da eleição do primeiro turno para colocar sob dúvida as de agora-não necessariamente no sentido de desconfiar que as primairas tenham sido desonestamente manipuladas, mas para suspeitar que, apesar do apuro técnico, elas nem sempre são capazes de capitar o verdadeiro sentimento do eleitorado.

Vejam só: na vespera do pleito de domingo retrasado, o Ibpe dizia que Ratinho Jr. (35%) e Luciano Ducci (26%) seriam os vencedores. À Gustavo Fruet dava-se o terceiro lugar, com 19%. O Datafolha dava 34%, 24%,21%, respectivamente. O instituto Datacenso, contratado pela campanha de Ratinho Jr., com 5 mil entrevistados e apenas 1,4% de margem de erro, previa resultado ainda mais disparado: 38%, 24%, e 15%.
Comparadas com o resultados das urnas, vê-se que estavam todos os institutos bem longe de prevê-lo com aproximação aceitável, pois nem Ratinho jr. chegou aos 38% (fez 34%) que sua própria pesquisa apregoava nem Gustavo Fruet (27%) estava tão atrás quanto falavam todos os institutos. luciano Ducci, sempre colocado em segundo lugar, acabou fora da disputa (26%), ultrapassado por Fruet.
Na quinta-feira, o Datafolha (*) deu 52% para Fruet e 36% para Ratinho Jr. já o Ibpe (*) que, saiu na sexta, apontou 49% e 39% respectivamente. Estas previsões refletiriam corretamente a tendência do eleitorado curitibano de apostar tão maciçamente no nome de Fruet? difícil saber, pois a única contra prova possível é o que só as urnas do dia 28 vão mostrar.

De qualquer maneira, porém, sobressaem destas primeiras pesquisas duas impressões interessantes: Ratinho Jr. está levando para o segundo turno praticamente os mesmos (em número) eleitores que conquistou no primeiro e Fruet conquistou quase que duplicar a votação. Isto é, ao que parece, a grande maioria dos que votaram em Ducci e Rafael Greca migrou autamaticamente para o candidato do PDT.

De que valem os apoios.

A outra constatação visível é que apoios de políticos derrotados pouco agregam aos candidatos. Ficou imperceptível, por exemplo, a influência da adesão do Senador roberto Requião e de Rafael Greca a Ratinho Jr., assim como não se pode afirmar que tenham tido qualquer peso no crescimento de Gustavo Fruet os apoios de Rubens Bueno (ex-vice de Ducci) ou do diretório municipal do Dem.

Se realmente o eleitorado curitibano se movimentou da forma como Ibope e Datafolha mostraram, mais se deve creditar tal movimento a um fenômeno espontâneo e muito recorrente nas eleições curitibanas: ainda não houve na história da cidade um candidato que se apresente como representante das chamadas "classes populares" que tenha obtido sucesso.

O Ratinho Jr. de 2012 repete o Carlos Simões de 1996- o radialista popularesco que começou a campanha daquele ano com 45% nas pesquisas e acabou derrotado por Cassio Taniguchi, que, tendo iniciado a campanha com 3% nas pesquisas, obteve no dia da eleição o dobro da votação de Simões (440 mil votos contra 229 mil).

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