CELSO NASCIMENTO/ DIOMAR FRANCISCO/GAZETA DO POVO.
De que tamanho ficou o PSDB, partido presidido pelo governador Beto Richa, depois das eleições de domingo passado? A direção nacional do partido fez os cálculos e ficou decepcionada: apenas 76 dos 399 municípios elegeram prefeitos da legenda, que somaram exato 323.858 votos. Esse resultado corresponde a 4,2% do eleitorado paranaense. As cidades de maior importância na lista da "vitória" são cambé (norte) e fazenda Rio Grande (região Metropolitana de Curitiba).
O relatório do desempenho nacional da sigla foi encaminhado ao gabinete do senador Alvaro Dias, líder da bancada no senado. Tão logo saíram os resultados de Curitiba, no domingo, ele já havia manifestado a opinião de que a derrota de Ducci representava um "castigo" para o partido, e, na última quinta-quinta feira, o senador completou a análise com outros dados.
Segundo ele, nas eleições de 2008, 14,7% do eleitorado paranaense escolheu prefeitos do PSDB- três vezes mais do que em 2012. Além disso, há quatro anos 27,7% dos eleitores estavam sob governos municipais tucanos, ao passo que agora este índice caiu para 9,1%.
Alvaro observa: "o porcentual foi mais alto em 2008 porque o partido elegeu prefeitos em grandes colígios, como Curitiba e Ponta Grossa. Em 2012, no entanto, sequer lançou candidatos próprios na capital e nos grandes centros". E completa: a votação do PSDB nos 76 municipios em que se saiu vitorioso é menor do que o colégio de zonas eleitoral de Curitiba (soma da 4ª. com a 145ª). O número de vereadores tucanos também caiu de 454 para 443, embora as cadeiras nas câmaras municipais tenham aumentado de 3.698 para 3.864.
O senador paranaense já foi presidente da sigla no estado nos anos 1990 e lembra com saudade daquele tempo: de cinco municípios com prefeitos tucanos, o partido passou para 73 em 1996.
Logo depois desse desempenho, porém, Alvaro, eleito senador em 1998, foi expulso do PSDB (juntamente com o irmão Osmar dias, também senador) por ter apoiado a instalação de uma CPI para investigar denúncias de corrupção no governo de Fernando Henrique Cardoso, do mesmo partido. Anos depois, voltou ao PSDB.
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