#DIOMAR FRANCISCO}
O FORMATO DE LAILÃO AGRADOU GOVERNO E IRRITOU ANALISTAS.
Como era de se esperar, o resultado do leilão foi elogiado pelo governo, mas o formato de libra dividiu opiniões no mercado. A ausência de ágio- a proposta ficou no lance mínimo- e a grande presença da Petrobras na condução de negócio (a estatal vai controlar as operações, o que significa definir ritmo de exploração, a origem e o destino das encomendas) irritou os que defendem a participação maior do mercado.
Por outro lado, quem quer um estado mais forte não gostou da entrada de capital privado na exploração da maior jazida de pré-sal já identificado na história deste país.
Para o Professor de direito regulatório da Universidade Gama Filho do rio de Janeiro, José Vicente de Mendonça, a única conclusão que se pode tirar no momento é que o leilão não foi muito eficiente em promover a competitividade, já que houve apenas um lance.
"Trata-se de um modelo bastante intervencionista, mas ele não é necessariamente bom ou rui. Há outros países que adotam modelos tanto ou mais intervencionistas", afirma. Segundo ele, os investidores resolveram "entrar mais devagar" porque ainda não se sabe como será a atuação, na prática, da PPSA, nova subsidiária da Petrobras que vai ficar responsável pela operação. Como se trata do primeiro leilão, ainda não há experiência para saber como será, por exemplo, a gestão de ativos da empresa", acrescenta.
PODERAÇÃO.
O ponto positivo do leilão, segundo a consultoria LCA, foi que a Petrobras ficou com uma participação no consórcio inferior ao esperado. Os investidores previam que ela poderia ter que ficar com mais de 50% do consórcio no Leilão, o que forçaria uma política de desembolsos ainda mais agressiva. Como é uma sócia obrigatória, a empresa pode se ver obrigada a entrar em um negócio em que um terceiro escolha sua margem de lucro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário