#DIOMAR FRANCISCO/ GAZETA DO POVO}
ESTACA ZERO.
O governador Beto Richa pode ter desperdiçado a penúltima moeda que tinha em mãos para negociar mais obras e a redução das tarifas do pedágio no paraná. A última moeda seria a prorrogação dos atuais contratos de concessão- que terminam em 2021- por mais alguns anos. Sem maior cuidado para tratar do assunto, apresentou de supetão a proposta à presidente Dilma na audiência da terça-feira passada, em Brasília. Ouviu o não rotundo da presidente.
A última moeda, diante da perda da anterior, seria devolver à União os 1.800 km de rodovias federais delegadas ao estado que compõem os 2.500 km do pedágio Anel de integração. Há, aí, outro obstáculo certamente intransponível: o governo federal estará disposto a herdar também as centenas de ações judiciais que serão retomadas com o fim das negociações que o estado vinha mantendo com as concessionárias? Ouvir-se á de Dilma outro retundo não.
Fracassada a política de negociações que Richa tentou para substituir o também fracassado "baixa ou acaba" de Requião, perde sentido a desorientada CPI do pedágio da Assembleia. Se a CPI lutava contra a prorrogação, esse capitulo Dilma tratou de enterrar. Vai brigar pela anulação dos contratos? nesse caso terá de recomendar o esmo velho e conhecido caminho da justiça- que sempre considerou legítimos e perfeitos os contratos e aditivos celebrados desde 1997. É o fim da CPI.
Ou seja: a CPI está sendo uma perda de tempo e energia, assim como pífios foram os métodos de negociação do governo. Questão de método somente - pois segundo vinham repetindo as concessionárias. Seria sim possível reduzir tarifas e fazer mais obras, mas não a exigência de renovação dos contratos que as concessionárias queriam impor.
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