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LONGE DA TL E DA TRADIÇÃO
O Papa Francisco não está muito interessado em estatísticas eclesiais no sentido de usá-las para um eventual "programa de governo". Não é o pregador de massa à João Paulo II, embora os dois tenham semelhanças, como uma certa teatralidade na proclamação do Evangelho.
O que chama atenção, de forma muito particular, nesses meses de pontificado do Papa Francisco é a distância a com ele se mantém dos dois polos que mais causam rebuliço nos meios católicos, mundo afora: os pregoeiros daquela Teologia da Libertação que recorre a categorias marxistas para afirmar-se; e os tradicionalistas mais empedernidos, como o pessoal a estilo da Fraternidade São Pio X (Econe, Suíça)que não aceitam o Vaticano II e, no fundo, pararam no Concílio de Trento.
SUA MARCA: UMA FÉ HUMANIZADORA
A via do Papa Francisco caminha para ser a mesma do Arcebispo Bergoglio, de Buenos Aires: um forte tom humanizador da fé, acentuadamente voltado às necessidades dos pobres absolutos, aí incluindo drogados, infratores jovenis, os marginalizados das favelas e das vilas miseráveis".
Do que se depreende: pobres de todos os matizes e estratos sociais, estarão, pois, sob a lupa de Francisco.
Além dos tradicionais empedernidos e os herdeiros da Teologia da Libertação de inspiração marxista (fortemente condenados por João Paulo II e Bento XVI), as ações de Francisco já podem estar causando algum 'frisson' nas chamadas Novas Comunidades Católicas (Canção Nova Shalom, Renovação Carismática, dentre outras). E o motivo é simples: com Francisco essas linhas pentecostais católicas, fortemente "verticalizadas" (pouca atenção à dimensão humana do católico no plano social) não estão- evidentemente- marchando no mesmo tônus do mesmo papa.
Rever essas situações de esvaziamento do catolicismo brasileiro não parece ser preocupação do "Superstar" que chegou ontem ao país para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o Papa Francisco. Se o Homem é o seu estilo, o estilo de Jorge Bergoglio, Francisco o jesuíta, é algo definível como "lowprofile". Mas, ao mesmo tempo, extremamente produtivo, a médio e longo prazos. Como observa um padre curitibano, que estudou em Roma e conhece bem a Cúria Romana, "ele vai comendo pelas bordas, como se come mingau quente..."E desmontando uma Cúria Romana muitas vezes identificada por ser dominada por eclesiásticos buracratas, preguiçosos
até. Aliás, este adjetivo "preguiçosos", dizem as más línguas do Vaticano, Francisco teria usado para definir parte do homem que formam o aparato curial. Parte, não o todo.
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