#DIOMAR FRANCISCO}
Nossas entidades, consciente de sua missão institucional e compromisso ético com a sociedade, em nome da qual procuram exercer sua representatividade, manifestam inteira solidariedade e apoio aos protestos da comunidade brasileira em várias capitais e cidades do interior.
Contudo, manifestamos igualmente nossa preocupação com os desvio da ordem, esperando que as ações sejam realizadas sem riscos ao patrimônio público e privado e, especialmente, com absoluta salvaguarda do direito constitucional de ir e vir.
Nossas instituições, que sempre fizeram da ética e da transparência suas bandeiras de luta, renovam a crença no primado da democracia, ao mesmo tempo em que hipotecam sua confiança no aperfeiçoamento das instituições que sustentam o Estado democrático de direito.
Há avanços inadiáveis e, ainda irrealizados, diante dos quais a sociedade não poderá ficar inerte, calada ou de braços cruzados. E dentre esses avanços, é cristalina a urgência das reformas política e tributária, cujo primeiro e extraordinário ganho será assegurar ao cidadão brasileiro esperança e dignidade.
É possível continuar aceitando práticas perniciosas e uma gestão pública sem sintonia com as aspirações e necessidades da população.
O brasileiro trabalha cinco meses do ano somente para cumprir a determinação compulsória do pagamento de impostos municipais, estaduais e federais, cujo total equivale a quase 37% do produto interno bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país durante um ano.
Esta carga insuportável, signo evidente do estado gastador, gerando dificuldades ao setor produtivo e pouco sensível diante do sofrimento de milhões de famílias, tem sua crueldade denunciada na péssima qualidade dos serviços públicos oferecidos à população. Não é por outro motivo que as manifestações populares bradam por melhorias imediatas na saúde, educação, segurança, transporte e mobilidade urbana, entre as reivindicações mais urgentes.
A voz das ruas exigiu também o combate sem tréguas à corrupção, praga que contamina a estrutura do estado e que deve ser destruída sem piedade, além da punição exemplar de seus praticantes.
O Brasil provou que ama e que a democracia, com a valorização de quem trabalha para produzir a riqueza nacional, e respeitando a ordem e a plenitude democrática.
Nossas entidades não poderiam se omitir nesse momento de defesa do Brasil que queremos. É dessa fonte que brotam a convicção e a confiança na construção de um país que coloque em primeiro lugar a liberdade e a igualdade de seus cidadãos. Juliano Breda, ordem dos Advogados do Brasil-Seção paraná, presidente. Edson José Ramon- Associação do paraná-presidente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário