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O vice- presidente da República Michel Temer, disse ontem durante seminário promovido pelo PMDB, que as manifestações populares não estão propondo a renovação dos políticos, mas sim do sistema político do país. Temer defendeu a realização do plebiscito, mas frisou que a palavra final sobre uma eventual reforma política caberá ao Congresso Nacional.
"Esse movimento político [das manifestações] não foi contra os políticos A, B ou C. Se fôssemos nessa linha, todos os Legislativos e executivos tinham de sair do seus postos. Seria a expressão do sistema anárquico. O que o povo fala na sua representação, penso eu, é do sistema político e é esse sistema que se quer mudar", argumentou o vice-presidente.
Para Temer, mesmo com a realização da consulta popular sobre a reforma política, tema analisado sem sucesso pelo Congresso há mais de 15 anos, o Parlamento não perderá seu "protagonismo político". "Diria que obviamente, o plebiscito é mais vigorosamente consultivo que o referendo. Mas o Congresso estará o brigado a seguir o que o plebiscito deliberou? não. Ele faz o que quiser, ele [o congresso] é o senhor absoluto, não poderá perder o protagonismo político" disse.
Hoje, ao do Ministro da Justiça José Eduardo Cardoso, Temer entregou aos presidentes do Senado e da Câmara, as sugestões do executivo para a realização do plebiscito sobre a reforma política. O palácio do planalto sugere cinco temas a serem debatidos a partir do plebiscito: alteração da forma de financiamento das campanhas, reforma do sistema eleitoral, eliminação de coligações partidárias e o fim do voto secreto nas votações do congresso. Pelo o regimento da Câmara e do Senado, a proposta precisa ser formulada primeiro por um deputado federal e tramitar na Câmara, antes de seguir para a avaliação dos senadores. O congresso também precisará definir o modelo de consulta popular: Plebiscito, como quer o governo, ou referendo, como propõe a oposição..
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