DIOMAR

domingo, 9 de dezembro de 2012

UMA BOMBA NO MEIO DO CAMINHO

]{CELSO NASCIMENTO/ DIOMAR FRANCISCO GAÚCHO/ GAZETA DO POVO}

Você sabia que o serviço de bilhetagem eletrônica que funciona nos ônibus de Curitiba custa R$ 756 mil por mês? Que esse valor compõe a planilha de custo do sistema e, portanto, incide diretamente sobre a tarifa paga pelos os usuários do transporte coletivo? E quem cobra pelo serviço é o instituto Curitiba de informática (ICI), que, por sua vez, terceriza para sempre Dataprom a instalação, manutenção e atualização dos aparelhos nos veiculos, terminais e estação-tubo?

Você sabia também que a mão de obra e até o sabão usados nas limpeza das estações-tubo e dos terminais também compõem o custo da passagem? Que os custos de aquisição e operação dos novos ônibus híbridus (30 até agora) correspondem ao dobro do custo dos convencionais, embora transportem o mesmo número de passageiros? E que, consequentemente, este passou a ser mais um fator de desequilíbrio financeiro no sistema?

Se você pensa que as deficiências do transporte coletivo de Curitiba começaram a acontecer recentemente, engana-se. Elas começaram a surgir principalmente a partir de 2005 quando o preço da passagem foi reduzido a um nível que não cobria os custos. A licitação de 2010, que mudou o modelo de permissão para consessão do transporte (claro que para as mesmas empresas que estão aí a 50 anos!) não corrigiu as ditorções. Ao contrário, agravou muitas delas.

E a tal ponto que o sistema se tornou deficitário e precisando de subsídios governamentais. Sem subsídio, a rede integrada-isto é, as linhas que serve os minicípios metropolitanos- teria condições de se manter em pé e pode entrar em colapso. Em 2012, o prejuízo de R$ 60 milhões foi supostamente suportado pelo governo estadual. E em 2013 continuará sendo? O governador Beto Richa acha que não: as finanças estaduais vão mal e o problama deve ser resolvido pelos prefeitos. Fruet quer desarmar esta bomba e há um mês pediu audiência a Richa. Ainda não obteve resposta.

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